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Notícia publicada em: 15/09/2020 às: 09:00:43
Por: Comunicação FATEB
O que não pode faltar no currículo dos programadores de sucesso

Eles são os profissionais que todas as empresas procuram e muitas vezes são tão difíceis de encontrar. Afinal, o que faz de uma pessoa um ótimo programador, uma excelente desenvolvedora ou uma cientista de dados de sucesso?

 

No Dia do Programador, a Revista EXAME conversou com alguns especialistas da Let’s Code, Kenzie Academy e da Vulpi para entender quais são as ferramentas essenciais dos profissionais de tecnologia.

 

A Vulpi, plataforma de auxilia o recrutamento de profissionais de TI, fez um levantamento inédito com mais de 24 mil desenvolvedores do Brasil e revela o perfil de quem trabalha na área hoje e de como é o mercado.

 

A pesquisa mostra que mais da metade das empresas não se preocupa com formação superior na hora de contratar, mas quase 92% dos desenvolvedores têm ensino superior ou estão concluindo um curso.

 

E o levantamento detectou mais de 130 linguagens de programação utilizadas no dia a dia do trabalho. O Javascript foi o mais citado, com 13,7% das respostas. No mercado, mais de 25% das vagas exige algum conhecimento dessa tecnologia.

 

Mesmo na crise, as empresas e startups continuaram abrindo novas oportunidades para desenvolvedores. Para quem está começando agora, Rychard Guedes, cientista de dados no Itaú e professor da Let’s Code, tem uma recomendação: seja resiliente.

 

“Quando comecei a programar, escrever as minhas primeiras linhas de código for torturante. Não saia, eu não tinha confiança e não entendia direito. E isso durou pelos seis primeiros meses. Não passou rápido, mas do nada ligou uma chave e comecei a entender muito bem. Aconteceu comigo e com outros colegas. Acho importante entender que a curva inicial é um pouco lenta e você precisa ter resiliência”, comenta ele.

 

Diante de tantas linguagens e especializações para escolher, fica difícil entender por onde começar. Antes de pensar nesses dois pontos, Davis Peixoto, Instrutor Sênior na Kenzie Academy, recomenda aprender primeiro a lógica de programação.

 

“Acho que é a pedra fundamental da área. Você aprende a decompor um problema em peças menores e transformar isso em um programa que o computador consegue resolver”, explica ele.

 

E um ponto que pode causar polêmica para os brasileiros: realmente é necessário saber inglês para ser um bom programador?

 

Segundo os especialistas, sim e não. O inglês não impede que a pessoas aprenda e escreva códigos muito bons, mas a falta do idioma pode dificultar o aprendizado de tecnologias de ponta e as interações com a comunidade global. O idioma é a linguagem universal para os debates, eventos e novidades da área. A grande maioria dos documentos e protocolos não são traduzidos.

 

Para Fellipe Couto, CEO da Vulpi, a língua estrangeira pode dar um diferencial para o profissional, porém só se torna essencial quando ele almeja uma carreira internacional.

 

O inglês fluente ou avançado só é necessário para quem quer crescer fora do país. Para o trabalho, ele não será necessário. O mais importante é ter uma compreensão boa de leitura apenas.

 

O cientista de dados da Let’s Code relembra do ensinamento de um professor na faculdade de engenharia. Ele dizia que qualquer pessoa precisa entender, pelo menos, uma língua diferente da sua, uma linguagem de programação e Excel.

 

Segundo Guedes, é imporante saber o básico também. “Nem tudo é Big Data, muitas coisas que você faz no Excel acabam saindo mais rápido”, comenta ele.

 

Além de apresentar um bom currículo, o presidente da Vulpi fala que a palavra mágica para encontrar um bom programador é “portfólio”.

 

“Mais do que ler o CV, os recrutadores querem ver o seu GitHub”, explica ele sobre uma das plataformas onde os profissionais de tecnologia podem colocar o código-fonte de seus programas. O instrutor da Kenzie Academy complementa: “’Show me the code’ impera na área. Gosto muito de ver que as pessoas participaram de projetos open source, por exemplo”.

 

Aprendizado contínuo

O mercado de tecnologia está mudando constantemente e sempre tem novas tecnologias e linguagens surgindo. Para se manter atualizado, o bom profissional da área é especialista em reciclar e buscar conhecimentos.

“A pessoa deve aprender a aprender. Os requisitos vão mudando e é crítico para o desenvolvedor que ele aprenda a se desenvolver constantemente e com autonomia”, fala Daniel Kriger, CEO da Kenzie Academy.

 

Produtividade e agilidade

Existem conhecimentos que fazem parte da rotina de trabalho na tecnologia. Fora as linguagens, existem diversas ferramentas complementares, como bibliotecas, frameworks e bancos de dados. Não é obrigatório saber tudo sobre o tema, esse conhecimento vai de acordo com a especialidade de cada um.

E não existe melhor ou pior aqui, mas os especialistas concordam que investir um tempo para conhecer as ferramentas melhora a produtividade.

 

Comunicação e trabalho integrado

Entender o trabalho de áreas relacionadas à sua e saber sobre sistemas universais de tecnologia trazem muitos benefícios (e qualidade) para o trabalho do desenvolvedor. Quem desenvolve um código de aplicativo e entende os princípios de usabilidade (UX) e design, consegue se comunicar melhor com outras equipes e entregar um produto mais rápido ao cliente final.

Da mesma forma, é importante que os profissionais entendam de versionamento e virtualização. Os dois pontos permitem que o trabalho feito individualmente com um código seja harmonioso com o trabalho de um grupo e seja aplicável em qualquer máquina ou ambiente.

 

FONTE: EXAME