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Notícia publicada em: 24/04/2013 às: 11:04:22
Por: Fateb
Professor Marco Aurélio é entrevistado pelo O Jornal

O Economista e Professor da FATEB, Marco Aurélio Barbosa de Souza, é entrevistado por Danilo Galvan do O Jornal; teve o artigo intitulado “Birigui registra queda de empresas abertas no primeiro trimestre” e, foi publicado no dia 17 de abril de 2013.

Segue abaixo a entrevista:

 

Economista diz que momento da economia é de cautela, e isso pode ter causado queda em aberturas de empresas

 

A Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) registrou a abertura de 164 empresas no primeiro trimestre do ano em Birigui. O resultado teve redução significativa em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 406 empresas entre janeiro e março; uma diferença de 242 estabelecimentos a menos em 2013.

Até o último dia 31 de março foi aberta em Birigui uma empresa de pequeno porte, 43 micro empresa e seis empresas normais. Uma redução de 248% em relação ao ano passado, quando a cidade abriu 11 EPPs (Empresa de Pequeno Porte), 385 ME (Microempresas) e 10 Normais (Empresas que não há limite de faturamento).

 

Balanço
No ano passado foram abertas exatamente 1.338 novas empresas em Birigui. A maioria é categorizada como microempresas; foram formalizados 1.298 novos microempresários. Neste ano, só em abril foram abertas 43 microempresas e seis normais e uma EPP.

 

Mercado
Para o economista e professor da Fateb, Marco Aurélio Barbosa de Souza, a comparação de abertura de empresas de um ano para o outro não sinaliza que a economia está estagnada ou crescendo, porém, são dados que interessam aos investidores. “O empreendedorismo é a mola propulsora da economia. É claro que quanto mais empresas abertas na cidade, mais empregos, tributos pagos e crescimento financeiro o município terá, porém, normalmente o empreendedor age conforme a expectativa do mercado. No ano passado, o Brasil não teve crescimento significativo do PIB (Produto Interno Bruto). O número consolidado de crescimento de 2012 foi de 0,9%, enquanto a expectativa para primeiro semestre para o ano todo era de 3,5%”, explica ele.

O economista argumenta que de julho do ano passado para cá o mercado, e consequentemente os empreendedores estão cautelosos e, com isso, os investimentos também sofrem redução. Souza ainda diz que o índice de confiança na economia está reduzido. “Quando temos um cenário da economia deteriorado, o empreendedor recua com seu investimento. Por precaução é melhor engavetar o projeto e esperar para ver como o mercado vai se comportar”, afirma.

 

Formalizados

Souza ressalta a queda na burocracia para que empreendedores individuais tenham seus negócios formalizados através do MEI (Microempreendedor Individual) facilita a abertura de novos negócios. O MEI é um programa do governo federal que visa facilitar a legalização da pessoa que trabalha por conta própria como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. Além disso, o MEI é enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal de R$ 34,90 (comércio ou indústria), R$ 38,90 (prestação de serviços) ou R$ 39,90 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

 

Modalidade

Uma nova modalidade de empresa também facilita a abertura de novas empresas, informa a Jucesp, é a Eireli (Empresas Individual de Responsabilidade Limitada) que possibilita a abertura de uma empresa composta por apenas uma pessoa, sem sócio.

A Eireli comporta uma nova perspectiva de negócios que permite a um único empresário ser proprietário de todas as cotas de capital da empresa. Já não é obrigatório ter um sócio para a abertura de uma empresa. No ano passado foram abertas em Birigui 43 Eirelis.

A formalização de uma Eireli é baseado no novo salário mínimo de R$ 678 reais, e o empreendedor precisa dispor de um capital social obrigatório de R$ 67,8 mil. A lei da Eireli foi instituída pelo governo federal na tentativa de reduzir as empresas com sócios de fachada. A vantagem para os empresários é que seus bens particulares não podem ser tomados para quitar débitos da companhia.

 

Por Danilo Galvan

 

URL: http://grupoojornal.com.br/birigui/birigui-registra-queda-de-empresas-abertas-no-primeiro-trimestre/